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13.12.05

Acordei feliz no domingo: show do Dr. Sin, caralho!!! Já tinha até ido em um, mas na época nem conhecia a banda. Todo mundo sabe que não tem graça nenhuma ouvir músicas que não conhecemos (com algumas exceções). Pois é, acordei feliz.

Meia hora depois, às 13:30, bate na porta (na verdade toca a buzina) o outro guitarrista da minha banda com o instrumento nas costas. O nome é Far Sight, pra quem não sabe.

- Bora!

- ?

- Nem faça essa cara de indagação, viu. Bora logo!!!

- Não sabia que você ia pro show. É só mais tarde, pô.

- Show porra nenhuma, rapaz. Bora pro ensaio, caralho!!!

- Ensaio??? Que horas?

- Eu disse que ia marcar ensaio hoje! É 14h.

- Então, tá. Vá indo pro estúdio que eu vou tomar um banho e já chego lá.

Sim, o estúdio fica pertinho de minha casa, que por sua vez fica perto da casa do cara. É tudo perto. O moleque realmente tinha dito que haveria ensaio nesse dia, mas não ficou nada certo. Além do mais, ele disse que seria ao meio dia. Como não apareceu em minha casa mais cedo, pensei que tinha desistido. Mas tudo bem. Só que aí eu comecei a pensar: se o ensaio começa às 14h e dura três horas, acaba então às 17h. CARALHO!!!!!! É A HORA DO SHOW DO DR. SIN!!!!!!!!!!

Pois é, quase uma matiné. É que meteram a censura lá pros 13 anos, e a pivetada tem que voltar pra casa cedo. Ah, e eu já ia me esquecendo que era um domingo. O povo trabalha/estuda na segunda-feira. Sabe como é, quando tá de férias a gente perde a noção dos dias. É tudo feriado!

Enfim. Tomo banho agora e saio mais cedo do estúdio direto pro show. Umas 16h tá ótimo. Tudo certo. O único problema é que eu não sabia qual ônibus pegar pra chegar no local do show, que fica bem longe de lá. Talvez meu pai pudesse me levar. Me arrumei e fui falar com ele.

- Pai, me pega no estúdio e leva lá no Othon 16h?

- Sem chance.

- Pô pai, tô esperando esse show há um tempão!

- A gente ainda vai sair pra almoçar no shopping, e já são 14:30. Nem a pau que eu já vou estar aqui às 16h.

- Duas e meia??? Puta que pariu, tô atrasado pro ensaio! Vou indo e me viro lá. Não tem jeito mesmo não?

- Onde fica o estúdio?

- Aqui perto, vou andando.

[cortarei o blábláblá]

- Então eu saio do shopping mais cedo, e te pego no estúdio às 16:25. Esteja na porta!

Ele é muito bonzinho, mas estava bastante contrariado.

Cheguei no ensaio, e só tinha eu, o outro guitarrista e o baterista.

- Cadê o resto do povo?

- Não deram sinal de vida. Vocal, baixo e teclado.

Não rendeu nada. Tocamos o que já tínhamos ensaiado anteriormente, juntamos uns riffs que eu fiz e deu pra formar uma música. Só o esqueleto mesmo. Quando olhei pro relógio, já eram 16:15. Juntei minhas tralhas e deixei 12 reais na mão do pessoal. Dos 50 iniciais, restavam 38. Não ia dar mais pra voltar de táxi depois do show, a única solução seria o ônibus (calma, 38 reais dá pra pegar um táxi, mas no desenrolar da história ainda vou torrar essa grana todinha... esperem). Essa despesa de ensaio não estava prevista nos meus planos. Mas começando 17h, deve acabar cedo. Não tem perigo pegar o buzú (eu não sabia pegar o de ida, mas no de volta já entrei várias vezes).

Meu pai já chegou no estúdio de cara fechada. Teve que sair mais cedo do shopping, coitado. Cheguei no lugar do show e encontrei meus amigos na porta. Dos 38 reais, fiquei com apenas 13: a porra do ingresso custava 25! Facada do caralho!

(Eu sempre me atrapalho com essa coisa de escrever números. Não sei quando deve ser por extenso, etc. Vão se ferrar e relevem os erros!)

Esperamos um pouco. Deu 17h e nada do portão abrir. Meu plano de voltar pra casa de ônibus começava a ficar ameaçado. Tomei uma Coca-Cola. Menos dois reais, onze agora. Outra Coca, dessa vez por R$1,50. Que merda, devia ter encontrado essa barraquinha antes. Como os 50 centavos foram "extra 50 reais" (encontrei as moedinhas no bolso), subtrairei apenas um real. Agora são dez.

De repente, 18h. Puta que pariu! Eu devia ter imaginado. Shows em Salvador nunca começam na hora marcada. Fomos então numa lanchonete ali perto. Não muito perto, na verdade. Uns trezentos metros de distância do Othon. O pior que podia nos acontecer era perder o começo do show de abertura. Isso não significava muito, tendo em vista que a banda era a bosta do Shaaman. Nada de mais.

Dei quatro reais que estava devendo à bicha do Eric (você é bicha mesmo, foda-se) pra ele poder comer um hot-dog com Coca-Cola. O coitadinho estava faminto. Tive que controlá-lo pra não mexer nas latas de lixo pelo caminho! Meu saldo ficou em R$6,00.

Voltamos pro Othon, e os portões estavam abertos. Mas você vai ter que esperar a continuação da história pra saber como foi lá dentro!

(Caramba, agora eu tô devendo dois posts!)

Obs.: Quero agradecer a Morri (é esse mesmo o apelido da figura) por ter salvo minha vida quando eu, totalmente distraído, quase encostei num cacto durante a espera pela abertura dos portões (antes de ir na lanchonete). Era morte na certa! Agradeçam a ele também, sei que vocês não conseguiriam viver sem mim!

Obs. 2: Acabo de receber informações de que meu (nosso) herói, enqüanto eu estava na lanchonete (ele não foi), acidentalmente repousou sua mão sobre um "galho de cacto" que estava caído no chão. Furou a mão toda, tadinho. Minhas (nossas) condolências então.

Morri* diz:
quase q furo uma veia do dedo

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