Grande descoberta!
Oh! Passei três dias sem postar! Dona Vera, prometo que isso não vai mais acontecer (hahaha)! Como bom brasileiro, passei a semana toda adiando algumas coisas do colégio, e agora, em pleno domingo, estou atochado de merda pra fazer. Portanto, vai aí um textinho meia-boca, que tava guardado aqui há um bom tempo, porque não posso me dar ao luxo de gastar mais meia hora do meu dia. Aí vai!
Com exceção de alguns casos, como o dos ETS, eu só acredito nas coisas quando vejo. Não que eu seja doido, mas é que o universo é muito grande pra estarmos sozinhos. Enfim, o post não é sobre isso. Como eu ia dizendo, só acredito vendo. Partindo disso, não acredito, por exemplo, no Acre. Não sou só eu que penso assim, mas o post também não é sobre isso. Como eu ia dizendo, mais uma vez, só acredito vendo. Uma coisa que eu não acreditava há alguns dias atrás era que existissem notas de cem reais. Bom, agora sim.
Sempre me perguntei onde se escondiam as benditas notas, além de propagandas de financeiras e apreensões da Receita federal. Tudo isso parecia muito esquisito, podia ser parte de uma conspiração do governo, sei lá. Mas como tudo na vida, chegou o dia em que o mistério acabou. Primeiro preciso explicar o momento.
Era uma terça-feira. No dia anterior, haviamos recebido os boletins. CDF nerd melequento que sou, não fiquei em nenhuma recuperação. Ao acabar a aula, saímos do colégio e fomos jogar Warcraft na lan house do lado, felizmente do pai de um colega meu. Como sou pobre, fiquei só olhando enquanto meus amigos construíam torrezinhas pra matar os bichinhos. Acabado o jogo, íamos voltando à escola quando encontramos aquele que me fez acreditar na existência das fabulosas notinhas.
Paramos um pouco pra conversar, e ele então fala: "Porra! Preciso pagar a bosta da recuperação!". Nessa hora, ele tira um maço de notas do bolso, e de relance pude ver uma pontinha azul. "É uma nota de dois", pensei. Mas quando ele foi contando a grana, percebi que era azul demais. O tempo então parou pra mim.
Lembre-me da infância, quando a gente sempre queria dizer que era pobre e chamava os outros de "barão". Era o tempo todo o povo dizendo: "Eu vi uma nota de cem reais na carteira de fulano! Que barão!", mas pelo jeito o fulano sempre escondia a grana na cueca, pois nunca encontrávamos. Lembrei da vez em que conversava com a babá de minha prima sobre as novas moedas que haviam sido lançadas, e então falei que nunca tinha visto uma nota de cem reais. Ela disse que sempre era paga com notas de cem.
Pois queria que aquela vagabunda estivesse do meu lado no momento em que toquei a azulzinha. Esfregaria na cara daquela vadia, que me fez pensar que eu era mais pobre que ela! Quando toquei, não pude deixar de sentir uma grande emoção, talvez maior até que da primeira vez em que caguei no mato (representou uma libertação). Privei-me do ato de olhar a marca d´agua, pois estávamos no meio da rua, em uma cidade com 80% da população "afro-descendente". Pude sentir a magnífica textura do papel, que estava já meio velho, porém ainda com uma beleza equivalente, guardadas as devidas proporções, às loirinhas suecas.
Resumindo, foi um momento mágico. Um colega fez questão de colocar a nota na carteira por alguns instantes; já eu, preferi não dar esse luxo à minha. Ela podia ficar mal acostumada. Do mesmo modo que começou, terminou. O dono da beldade viu que a fila para o pagamento, que antes media cinco quilômetros, havia diminuído para dois metros, e saiu correndo pra não perder o ano.
Fiquei imaginando como se sentiu o filho da empregada há muitos anos atrás, quando teve de devolver um brinquedo meu, que minha mãe havia dado a ela por engano.
[PS] Esqueci de dizer que, além de otários, os playboys (ou playsons) são burros pra caralho! Lá no Orkut quando divulguei o Guia do Playboy os caras não sacaram que eu tava tirando um sarro, e pensaram que eu estava tentando ser um! Essa semana eu faço um post sobre isso.
Com exceção de alguns casos, como o dos ETS, eu só acredito nas coisas quando vejo. Não que eu seja doido, mas é que o universo é muito grande pra estarmos sozinhos. Enfim, o post não é sobre isso. Como eu ia dizendo, só acredito vendo. Partindo disso, não acredito, por exemplo, no Acre. Não sou só eu que penso assim, mas o post também não é sobre isso. Como eu ia dizendo, mais uma vez, só acredito vendo. Uma coisa que eu não acreditava há alguns dias atrás era que existissem notas de cem reais. Bom, agora sim.
Sempre me perguntei onde se escondiam as benditas notas, além de propagandas de financeiras e apreensões da Receita federal. Tudo isso parecia muito esquisito, podia ser parte de uma conspiração do governo, sei lá. Mas como tudo na vida, chegou o dia em que o mistério acabou. Primeiro preciso explicar o momento.
Era uma terça-feira. No dia anterior, haviamos recebido os boletins. CDF nerd melequento que sou, não fiquei em nenhuma recuperação. Ao acabar a aula, saímos do colégio e fomos jogar Warcraft na lan house do lado, felizmente do pai de um colega meu. Como sou pobre, fiquei só olhando enquanto meus amigos construíam torrezinhas pra matar os bichinhos. Acabado o jogo, íamos voltando à escola quando encontramos aquele que me fez acreditar na existência das fabulosas notinhas.
Paramos um pouco pra conversar, e ele então fala: "Porra! Preciso pagar a bosta da recuperação!". Nessa hora, ele tira um maço de notas do bolso, e de relance pude ver uma pontinha azul. "É uma nota de dois", pensei. Mas quando ele foi contando a grana, percebi que era azul demais. O tempo então parou pra mim.
Lembre-me da infância, quando a gente sempre queria dizer que era pobre e chamava os outros de "barão". Era o tempo todo o povo dizendo: "Eu vi uma nota de cem reais na carteira de fulano! Que barão!", mas pelo jeito o fulano sempre escondia a grana na cueca, pois nunca encontrávamos. Lembrei da vez em que conversava com a babá de minha prima sobre as novas moedas que haviam sido lançadas, e então falei que nunca tinha visto uma nota de cem reais. Ela disse que sempre era paga com notas de cem.
Pois queria que aquela vagabunda estivesse do meu lado no momento em que toquei a azulzinha. Esfregaria na cara daquela vadia, que me fez pensar que eu era mais pobre que ela! Quando toquei, não pude deixar de sentir uma grande emoção, talvez maior até que da primeira vez em que caguei no mato (representou uma libertação). Privei-me do ato de olhar a marca d´agua, pois estávamos no meio da rua, em uma cidade com 80% da população "afro-descendente". Pude sentir a magnífica textura do papel, que estava já meio velho, porém ainda com uma beleza equivalente, guardadas as devidas proporções, às loirinhas suecas.
Resumindo, foi um momento mágico. Um colega fez questão de colocar a nota na carteira por alguns instantes; já eu, preferi não dar esse luxo à minha. Ela podia ficar mal acostumada. Do mesmo modo que começou, terminou. O dono da beldade viu que a fila para o pagamento, que antes media cinco quilômetros, havia diminuído para dois metros, e saiu correndo pra não perder o ano.
Fiquei imaginando como se sentiu o filho da empregada há muitos anos atrás, quando teve de devolver um brinquedo meu, que minha mãe havia dado a ela por engano.
[PS] Esqueci de dizer que, além de otários, os playboys (ou playsons) são burros pra caralho! Lá no Orkut quando divulguei o Guia do Playboy os caras não sacaram que eu tava tirando um sarro, e pensaram que eu estava tentando ser um! Essa semana eu faço um post sobre isso.
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