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21.9.05

Esse tem título, Ph!

O mercado de trabalho está exigente. O mundo é traiçoeiro. Por isso, precisamos nos preparar desde cedo para nossa futura profissão. Não adianta passar no vestibular e pensar que vai se dar bem quando acabar a faculdade. Não, não. É necessário primeiro descobrir as habilidades que dispomos. Lembre de quando você era pequeno e sua mãe nunca o alcançava pra dar uma surra. Poderia ser um bom atleta. Após descobertos, precisa-se trabalhar os talentos, do contrário serão apenas "facilidades". No exemplo, matricular-se-ia (!) em um curso de atletismo. Desse modo, em alguns anos tornar-se-ia (!²) um excelente profissional. Eu, que não sou besta, já comecei a procurar meus talentos e trabalhá-los.

Poderia ser um bom batedor de carteiras, basta um pouco de treino. Nesse tipo de trabalho, existem dois modos de ação. No primeiro, o ladrão chega sorrateiro e com cuidado retira a carteira do bolso da vítima, de modo que ela nem perceba. Só vai ver na hora de pagar o sorvete. Exige uma técnica incomum, motivo pelo qual não são muitos os profissionais que se utilizam desse método. O outro modo é tomar na brutalidade mesmo. Não importa que a pessoa perceba que está sendo roubada. Quando ela tiver condições de correr, o meliante já estará a uma boa distância e com aceleração constante. Assim eu tenho atuado durante o intervalo no colégio. Consigo uma média de duas carteiras em 30 minutos. É necessário escolher bem a vítima. Olhe antes e veja se a pessoa tem cara de que conseguia fugir das surras da mãe. Se for constatado que não, vai fundo!

Só pra ilustrar!

Minha segunda possível profissão é exatamente o oposto da primeira: segurança pessoal. Eu nunca havia pensado nisso, até que então Vinicinho me interfona e diz: "Bill, vamos ali na esquina comigo que eu tô cheio da grana aqui!". Primeiro pensei que ele iria pagar uma rodada de Coca-Cola, mas logo percebi que o assunto era restritamente profissional. Ele precisava de minha ajuda, visto que moramos em uma cidade com alto índice de criminalidade. A situação torna-se ainda mais perigosa quando o destino fica nas proximidades de uma escola pública. Acompanhei-o sempre de olho em qualquer cidadão suspeito, não deixando que se aproximassem do meu cliente. A operação foi, sem me gabar, um sucesso. Meu primeiro pagamento foi um chiclete. Mas esse chiclete não me deixou frustrado, e sim simbolizou o que pode ser o começo de uma carreira promissora. Para tanto, acabo de fundar a BFPS: Bosta Fina Personal Security. Quando precisar, é só chamar. Caso a solicitação seja intermunicipal, ou interestadual, quem sabe até internacional, exijo estadia em hotel de no mínimo três estrelas. Olha só o brasão:


Hoje a eficácia da empresa foi comprovada em uma ida ao centro da cidade de Salvador, um dos locais com maior índice de assaltos do município. Aproveitei o grupo grande onde estávamos e avaliei todos os companheiros para futurar vagas na BFPS. Estão todos ansiosos para os resultados. O passeio - a trabalho, diga-se de passagem - transcorreu sem maiores incidentes, a não ser quando pegamos um ônibus e acabamos voltando o caminho dele todo a pé. Depois eu conto isso. Pra organizar um pouquinho, aí vai a lista de tudo que prometi nos últimos dias e ainda não cumpri. As promessas velhas já passaram da validade, portanto, esqueçam.

- Incidente com Chucrute;
- Feira de livros;
- Show do Viper;
- Ida ao centro da cidade.

Bom, acho que não esqueci de nada. Inscrições abertas para a BFPS! Se não fosse o governo Lula, eu não teria possibilidade de abrir tantos postos de trabalho. Viva o 13!

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