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12.1.06

Tô com uma preguiça do caralho de terminar o show do Dr. Sin, ou melhor, escrever qualquer coisa, então vai aí um post que já tava pronto desde o ano passado. Na verdade tem vários prontos, mas toda vez que vou postar eu preciso dar uma revisada, e tenho preguiça de fazer isso também porque sei que sempre acabo mudando muita coisa. Eu NUNCA estou satisfeito com os textos. Até mesmo depois que já está publicado, fico pensando em várias coisas que devia ter mudado.

Deixando de enrolação, vá logo ao banheiro e prepare a pipoca, porque esse é dos grandes!

...

Alguns meses atrás fiz um post narrando a batalha contra uma libélula que ousou entrar aqui em casa, num explícito desafio à minha soberania dentro do meu território. A coitadinha teve um fim trágico, leiam e fiquem com pena. Faz uns dias que aconteceu coisa semelhante, mas dessa vez foi com um bicho, digamos, mais escroto:

Uma barata filha da puta!

Matar barata é sempre um problema. A sacaninha consegue entrar nos lugares mais difíceis e tem sempre o fator surpresa na manga. Se esconde num buraco e fica só lhe observando. Quando você abaixa a cabeça pra ver se consegue enxergá-la, ela pula em seu rosto e começa a mastigar seus olhos. Primeiro o direito, depois o esquerdo, e eu não sei o porquê dessa ordem. Mas as baratas têm essa convenção, então vamos respeitar. Primeiro o direito, depois o esquerdo. É um inimigo que todos querem evitar, mas às vezes precisam enfrentar.

No post da libélula fiz um mapinha da minha sala para que vocês pudessem entender toda a movimentação que houve. Dessa vez precisei elaborar um outro, mais sofisticado e detalhado, com direito a caixa de texto em lugar das letras escritas com o pincel do Paint. Depois de alguns minutos de trabalho (cerca de sete), aí está o resultado:

Esqueci a moldura, mas isso é detalhe. Também não botei os elementos inúteis à narrativa, como a piscina olímpica, o heliporto, o bar (com barman e tudo), o ofurô e outras coisinhas bestas. E tudo isso só dentro da sala. (Daí você pergunta como pode existir um heliporto na sala, e eu lhe respondo: o teto abre).

Comecemos a história então. Era mais ou menos 2h da manhã e eu estava no sofá vendo televisão, uma partida da NFL. Tava bem interessante, os Patriots metiam 21 a 7 nos Jets, uma lavada brutal. Apesar de não perder um só jogo, não torço pra nenhum time. A diversão é só ficar assistindo mesmo. E foi enqüanto acompanhava o ataque dos Patriots que notei com o canto do olho uma manchinha marrom se movendo na minha direita. Era a nossa vilã, bem grandinha por sinal, saindo de baixo da poltrona e subindo na borda do tapete. Como ele é branco, o contraste era grande. Levantei imediatamente pra analisar melhor a situação. Se eu desse um passo na direção da inimiga, ela correria pra algum lugar. Era necessário raciocinar bastante antes de tomar qualquer atitude.

A sala estava dividida então. Da metade da televisão até a parede da esquerda, era meu território. Eu precisava encontrar alguma ferramenta pra dar cabo da invasora o quanto antes. Não podia tolerar tamanha afronta à minha autoridade. Procurei pelo veneno, e não encontrei. Olhei por todos os lados pra ver se tinha algum sapato ou sandália por ali, mas não havia. Apenas o meu par de tênis, que estava mais perto da barata do que de mim. Seria uma ação muito arriscada, então resolvi deixar de lado.

A inimiga então fez uma movimentação ousada. Correu pra baixo do sofá, e eu aproveitei pra pegar meu tênis. Esqueci de desenhar no mapa a escada, que fica ao sul da poltrona (eu poderia facilitar a narrativa dizendo que é à direita do sofá, mas não queria repetir a palavra "sofá"). Então, desci e fui procurar o inseticida lá embaixo. Não podia demorar, afinal, a sacaninha poderia aproveitar que não estava sendo vigiada e se esconder em outro lugar. Sem acompanhar seus movimentos, eu nunca saberia pra onde ela tinha ido. Não localizei o Baygon (ou Raid, ou Rodox, sejamos justos), mas, pra não perder a viag(j?)em, peguei minhas havaianas no quarto. São muito mais eficientes que um tênis na hora de matar insetos.

Quando estava voltando, aproveitei o desnível dos degraus e me pus a olhar embaixo do sofá. Estava a uma distância bastante segura, sem risco de ter meus globos oculares mastigados (a não ser que ela fosse voadora, o que não parecia). Primeiro o direito, depois o esquerdo. É bom lembrar disso. Quando for espiar uma barata, cubra o olho direito. Ela é orgulhosa demais e não vai atacar o esquerdo primeiro. Continuando, pelo que pude ver, a invasora estava a caminho do outro lado, ia sair junto da escrivaninha. Já se encontrava em meu território, minha metade da sala! Que vadia! Agora era guerra.

Subi no sofá pelo lado e fui engatinhando suavemente (se as baratas tiverem ouvidos, com certeza devem ser bem aguçados) até a outra extremidade. Esperei alguns segundos olhando por cima, e então a inimiga apareceu caminhando lentamente. Mas eu não queria saber de cautela, pulei de uma vez só em cima da maldita empunhando minhas havaianas, uma em cada mão. Ela começou a correr em direção ao PC, mas me driblou e voltou, se escondendo embaixo da escrivaninha. Em uma situação normal, isso seria suicídio pra ela. A questão é que embaixo da escrivaninha haviam livros, revistas, caixas e duas impressoras quebradas. Um esconderijo perfeito! Ela rapidamente sumiu entre listas telefônicas desatualizadas e revistas Duas-Rodas da época que meu pai era motoqueiro baderneiro (não necessariamente nessa ordem). E agora?

O veneno seria a solução ideal, bastava jogar aleatoriamente por ali que com certeza atingiria a inimiga, mas eu não conseguia encontrá-lo de jeito nenhum. Tive uma idéia brilhante então: espalhei alguns pedaços de biscoito na frente da escrivaninha, pra atrair a vagabunda. Quando ela estivesse se deliciando com o banquete, eu iria aparecer e meter-lhe a chinelada fatal.

Posicionei a cadeira do computador de lado, de modo que facilitava a monitoração da armadilha. Voltei a conversar com alguns amigos no MSN. Perguntei sobre técnicas eficientes de combate a baratas, mas ninguém conhecia. Já se passavam 15 minutos, e a invasora parecia não ter fome. Eu tinha que partir pra outro plano:

bill: rexona mata barata?
Herontico,: deve matar
bill: pelo menos ela sai do buraco, e eu meto a porrada
Herontico,: hahahaha
Herontico,: ela vai sair bebada

Não foi uma confirmação muito segura, mas isso bastou. Fui no quarto e peguei o tubo de desodorante. Era uma questão de honra, eu não ia dormir antes de matar essa barata. Estava na hora dela se dar mal.

Balancei bastante e apertei o botão. Joguei Rexona em todos os buracos que encontrei, o cheiro se espalhou por toda a sala. Pelo menos não fedia igual veneno. O tubo acabou, só tinha um restinho quando eu comecei a dedetização mesmo, mas a barata ainda não tinha aparecido. Eu realmente não acreditava que ela fosse se abalar com o desodorante, mas pelo menos que se assustasse e desse o fora do esconderijo.

Voltei pro PC e forneci o relatório da missão aos meus amigos. Agora não mais bastava praticar ações desmedidas, elas não surtiriam efeito. Teria que ser algo com planejamento, envolvendo cabos de vassoura, sandálias, e talvez soda cáustica. Aqui em casa tem, mas meu pai não confia em mim e deixa escondida em algum lugar. Na verdade eu prefiro acreditar que ele esconde por causa de minha irmã menor, mas nunca se sabe, né.

E comecei a fazer os esboços da ação no Paint. Se obtivesse sucesso, eu já sabia qual carreira seguir: a militar. Minha estratégia parecia perfeita, mas infelizmente aconteceu algo que me frustrou totalmente, igualzinho ao que ocorreu há alguns anos. Na ocasião uma janela estava quebrada, o céu anunciava chuva e não havia plástico pra cobrí-la. Eu tirei os tapetes de perto e fiz uma barreira no chão com cadeiras de plástico e sandálias. A água jamais passaria por ali, e eu já estava certo que seria engenheiro quando crescer. Molharia apenas o lugar que estava cercado, sem risco às coisas valiosas da casa, como as revistas Duas-Rodas embaixo da escrivaninha. Só que aí não choveu.

Então. O que me frustrou dessa vez foi que A FILHA DA PUTA DA BARATA SAIU DO ESCONDERIJO!!! Porra, logo na hora que ia ficar divertido! Quando me virei, ela estava saindo da escrivaninha em direção ao armário, que fica embutido na parede. Se entrasse ali, eu nunca mais encontraria. É onde ficam todos os papéis de meu pai, documentos, notas fiscais, uma rede de vôlei velha e muitas outras coisas.

Provavelmente ela notou a minha reação de medo e apressou o passo. Caramba, ia entrar! Não havia tempo de levantar da cadeira. Um pé das havaianas estava na mesa do computador. Peguei-a e mirei. Tive que calcular o tempo também, porque a barata estava em movimento. Outra coisa a se preocupar era que a sandália precisava cair com a sola virada pra baixo, caso contrário não aniquilaria a inimiga. Ela estava chegando mais perto do armário. Pra vocês se situarem no tempo, do momento que a vi saindo da escrivaninha até agora se passaram apenas cerca de cinco segundos. Era tudo ou nada, e atirei.

NA MOSCA!!!!

A sandália caiu com a sola em cima da barata e pulou mais umas três vezes. Eu joguei com força, estava com raiva daquela vagabunda. Ela ficou estatelada no chão, balançando as antenas freneticamente. Nem levantei pra olhar de perto, demonstrando a frieza de um Don siciliano. Desvirei a cadeira, que estava de lado, e anunciei aos meus amiguinhos que o alvo havia sido eliminado. Praticamente eliminado, na verdade. Ela continuava viva. Coube a eles a decisão: dava a chinelada de misericórdia ou deixava sofrer até a morte? A resposta foi unânime, e a segunda alternativa prevaleceu.

Estava narrando no MSN o meu feito quando me veio uma coisa na cabeça. Talvez aquele movimento com as antenas estivesse chamando mais baratas! Podia ser um código pra pedir ajuda, e apesar de extremamente prazeroso, matar baratas também é cansativo. Decidi contrariar a decisão dos meus amigos, e peguei a sandália pra matar de uma vez por todas aquela escrotinha. Ainda estava pensando no que fazer com o corpo, provavelmente separar em várias partes e colocar uma em cada ralo pra servir de exemplo e desencorajar qualquer tentativa futura de invasão ao meu território.

Rezei três ave-marias e cinco pai-nossos pela alma da inimiga, afinal, não guardo rancor. Estou certo de que Deus vai aceitá-la de braços abertos na Divisão de Insetos do Céu. Peguei a sandália, levantei a uma altura considerável em cima da barata e larguei. Pra todos os efeitos, quem a matou foi a gravidade. Ou Newton, dependendo da sua interpretação.

Coloquei algum estado personalizado no MSN e voltei pro meu sofá, onde tudo começou. Eu havia perdido 30 minutos de jogo, e agora os Patriots tinham 28 pontos, contra os mesmos 7 dos Jets. Um touchdown mais o chute no U gigante, só pode ser.

Mas, cacete, por que eu fui inventar de rezar pela alma daquela filha da puta? Perder um touchdown já é demais!

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7.1.06

Hoje o termômetro em Salvador marcou -75ºC. Pena que não tirei uma foto pra mostrar aqui.

E o pior de tudo é que nessa hora eu estava sem camisa, na praia.

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4.1.06

Dicas de Saúde

Se a sua urina está:

Amarela - Você precisa ingerir mais água. O ideal é que seu mijo seja transparente. Quanto mais amarelada, mais líquido está faltando no seu organismo.

Marrom - Você provavelmente está com cálculo renal, a famosa pedra nos rins. A coloração se dá devido ao sangue que está saindo junto com a urina. A pedra sai rasgando tudo por onde passa, causando a dor e esse sangramento.

Roxa Avermelhada - Andou comendo beterraba, pode confessar.

Se o seu tem qualquer outra cor, você corre sério risco de estar morrendo. Vá o mais depressa possível ao médico mais próximo de sua casa.

É a Bosta Fina Corp. preocupando-se com o bem-estar do cidadão brasileiro!

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